Cidadania e respeito

Difícil de acreditar que haja apoio da maioria dos brasileiros para a redução dos direitos trabalhistas e diminuição da força do Estado. Mas ao que parece esta é uma realidade dura, que vem levando a dúvida de milhares de pessoas diante de uma propaganda insistente de dias melhores para o Brasil, caso as o modelo empresarial (capital e lucros) seja a liderança econômica do país. Assim, tudo seja privatizado.

O Estado tem papel fundamental na regulamentação do trabalho e renda, de modo que se faça uma instancia, na defesa do empregado, do trabalhado. Sem desconsiderar, evidentemente, a importância das empresas, empreendimentos e empresários no desenvolvimento do país. Os quais têm como foco cobrar pelo “almoço, que não é grátis”, e cada vez deve ser mais caro para obter mais retorno.

O Congresso Nacional conservador, com discurso voltado para os interesses econômicos das grandes empresas é, no final, resultado do trabalho incansável de grupos econômicos em retirar o estado do jogo da regulamentação.

Ao longo de anos a fio a conversa é uma só, a política é pura corrupção e os parlamentares têm um  único motivo para eleição: enriquecerem-se. Apenas meia verdade, considerando a participação de congressistas que batalham em favor da sociedade. Ao contrário, o país seria muito parecido com o modelo: “Tudo está à venda”, até mesmo a identidade e cultura brasileira. A Petrobras então …

Além do mais como pensar em democracia sem pessoas que representem a população. Dificilmente um cidadão comum reuniria condições para ir à Brasília, defender-se de interesses políticos mal intencionados que retirem seus direitos, de cidadão. Não há dúvida que há lobby de fortes grupos econômicos, que pressionam governos e parlamentares – importante pensar quando estes bancam campanhas eleitorais.

Há parlamentares que deliberadamente se associam ao prazer dos resultados permitidos por grupos econômicos – loucos para abrir o bolso em busca de resultados para seus negócios milionários -, mas ao que parece não se faz uma única verdade. Há exceções. Portanto, acreditar e fazer política, escolhendo, elegendo e fazendo pressão por direito de representação é, não somente, necessário, mas uma questão de sobrevivem social, com cidadania.

Simples assim.

Autor: Antonio S. Silva

Jornalista, doutor pela UnB e professor da (UFMT, com mestrado pela PUC/SP e Docente no curso de Jornalismo da UFMT. Em essência, acreditamos que é necessário o diálogo para construirmos, democraticamente, um país melhor.

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