Os Estados Unidos fazem as contas sobre as guerras que enfrentam neste momento, com poucos sucessos para um país que se impõe como defensor da ordem global. O grande e estratégico aliado dos americanos no Oriente Médio se tornou um reconhecido problema para a política internacional americana. Sem freios e contrapesos o moderno exército israelense continua atacando o inimigo e fazendo milhares de vítimas inocentes, em sua maioria crianças.
Como a guerra antes de tudo tem relação com propaganda política, com vista em essência ao poder econômico e ideológico, as mortes aos milhares de civis começam a fazer parte do jogo, no instante em que a opinião pública dá sinais de cansaço, não suportando ver horrores, como crianças resgatadas em meios escombros completamente desnorteada sem entender a realidade que não vê. Além da fome, miséria e em meio a nenhuma perspectiva de futuro – com signos da tentativa para o fim provável de uma cultura inteira.
A contrariedade política com a guerra na faixa de Gaza se reproduz inclusive nos grandes jornais internacionais Europeus e Americanos, que fazem explodir imagens de horror até para os mais incessíveis. A ONU repete com frequência os excessos da guerra, envolvendo a força descontrolada de um país que atinge não somente o inimigo Hamas, mas o seu entorno com violência contra civis palestinos que lutam para permanecer vivos.
O ataque violente e extremista do Hamas contra israelenses indefesos resultou em apoio imediato ao país, diante das mais de 1200 mortes, além de sequestros de inocentes com origens de diversas nações, inclusive brasileiros. A guerra seria esperada, contudo, a imagem de extermínio de pessoas em uma área adensada na Faixa de Gaza, em dezenas de milhares, causa sofrimento à visão humana que avalia desenvolvida para defender o direito à vida.
Joe Biden está fazendo as contas sobre os efeitos na política interna e externa dos EUA. Neste sentido fala com frequência com Netanyahu sobre o cessar fogo imediato, mas o também extremista não tem ouvidos para negociações, a não as emoções voltas para o avanço das tropas no front da guerra. Assim, os americanos seguem com a mão nas bombas que explodem ordenadas pelo ultraconservador, o qual sabe de seu poder sobre os americanos, como estratégia política regional e para o poder internacional.
O silêncio dos Republicano é bem estratégico, no sentido de retirar forças eleitorais de Biden do partido Democrata, para eleições que ocorrem no próximo ano. Deste modo, viabilizar uma provável vitória do conservador e emblemático “homem dos conflitos”, Donald Trump, de triste memória quanto à visão de uma sociedade moderna e de liberdade democrática.
Se a guerra por muitas décadas fez bem aos americanos na corrida pelo poder global, há sinais de que as batalhas em Gaza e Ucrania não resultaram em mais poder e temor pelo poderio americano para sanções internacionais na conformação de amigos e inimigos, mas efeito colateral de uma nação que observa a sua economia e estabilidade política em queda.