O jogo democrático

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As vozes conservadoras brasileiras, que se afirmam democráticas, trabalham com duas estratégias de poder. Caso Bolsonaro respeite às regras estabelecidas pelo campo político democrático será admirado, aceitando, por vezes suas faltas, derrapadas dentro dos limites sob controle.

Afinal, sua proposta de governo não foge aos interesses neoliberais, tendo como protagonista, Paulo Guedes, considerado mais confiável do que o presidente eleito. A regra do jogo diz respeito à abertura de mercado e impedimento de atuações populares contra a economia e capitalismo global.

No entanto, havendo tomada de poder de Bolsonaro, de maneira personalista, militar, aí sim vem a resistência democrática, que não será “ideológica” como a popular, mas com o objetivo de forçar o presidente autoritário a respeitar o poder constituído pelas Leis vigentes, formuladas a duras penas (sem trocadilhos), dentro do sistema hegemônico.

Vale a pena a avaliação da microfísica do poder.

Os partidos ditos de esquerda e socialistas formam, neste ponto, apenas uma terceira via, a serem considerados mais atentamente do que a “democracia” do Capitão reformado. “Um olho no peixe e outro no gato” (não necessariamente ao mesmo tempo).

Ao eleitor à observação, se estiver interessado em acreditar em um Brasil, com estado do bem-estar social.