Aos trabalhadores as batatas

Ainda no começo do dia 1º de maio, reconhecimento aos trabalhadores brasileiros pela contribuição ao desenvolvimento do Brasil. Aqui não alimentamos a ideia de alguns estereótipos de funções sociais, mas a todos aqueles que diariamente está diante das difíceis tarefas de produzir neste país, que historicamente quem não merecem o direito aos resultados deste trabalho, com valorização desumana, apenas meritocrática pelo capital.

Imagem reprodução site Migalhas – Pensar no trabalhador brasileiro é a busca de compreender a sua história, cuja evolução talvez não tenha resolvido as diferenças sociais e as condições de trabalho. Pior, a distribuição de renda perdura para o regozijo de parte privilegiados pela herança.

Infelizmente, nesta data, no presente, se refletir pouco, muito pouco, a comemorar, diante do desemprego que abunda à frente de um governo que busca polêmicas diárias para evitar qualquer discussão, que mereça atenção pela racionalidade. Somente para alguns exemplos dos últimos dias, a discussão na mídia provocada pelo governo e seus agentes, porta-vozes, girou em torno “do direito de matar”, quando houver “invasão” de terras; redução das verbas das universidades; melhoria nos juros para o agronegócio; a guerra brasileira contra o chavismo na Venezuela, etc. etc.

O aumento do desemprego não se transformou em um tema que merece atenção de Brasília, cuja discussão seria cara para o governo, que se elegeu defendendo a melhoria da qualidade de vida da população, para este princípio de governabilidade nem sequer miragem para um país de todos e com alguma igualdade social.

Não somente, nenhum movimento no Congresso Nacional sobre a temática trabalho, desemprego, distribuição de renda, qualidade de vida das famílias relegadas à margem do sistema capitalista, que se mantém severamente excludente e ainda mais a cada período no Brasil.

Evitando o pessimismo tentador é importante que o trabalhador entenda que sua participação social, com intervenção na política é fundamental para que o tema trabalho seja incluído nas pautas em Brasília, apontando soluções e não apenas retórica de empresas.

A discussão sobre conservadorismo às antigas, neoliberalismo na tradição de países afortunados que promovem desigualdade social em desenvolvimento para o futuro, amor à pátria como retórica para melhorar a vida de poucos iluminados não servem a propósito se o tema é sociabilidade. O carro está em movimento, porém sem rumo se o assunto é justiça social, trabalho e renda.

Os brasileiros merecem mais do que recebem, embora, por vezes, deixa para lá seu compromisso com os interesses sociais e os próprios, evitando necessária discussão coletiva, definindo, assim, de fato representatividade. Abrir mão de seus direitos políticos não é um “bom negócio”, quando há conhecedores da magia para nada representar no Legislativo e executivo.

Aos trabalhadores brasileiros reconhecimentos, porém, considerando a vitória para uma maioria conservadora as batatas, para seguir linha de pensamento do conservador e pouco crítico Machado de Assis, o qual usufruiu em sua vida a condição de funcionário público. Na academia, uma ressalva, que, interessados no capital, cada vez mais um trabalhador público e sem Estado, em essência, à margem como a maioria.