A justiça, nem tanto

A Procuradoria Geral da República, comandada por Augusto Aras, entrou em choque com os procuradores da famosa Lava Jato de Curitiba, comandada pelo Deltan Dallagnol, em torno do poder de decisões sobre denúncias de autoridades em investigações feitas pela polícia federal, que resultam na proposta de combater a corrupção e injustiça, na forma da Lei. A questão a saber é o que está em jogo.

A disputa relaciona duas personalidades com envolvimentos políticos explícitos em episódios recentes e importantes no país, e pouco democráticas, por assim dizer.

Aras escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro sem considerar a listra tríplice em consulta interna da entidade e Dallagnol denunciado pelo envolvimento com o ex-juiz e ex-ministro da justiça Sergio Moro, em meio a negociação telefônicas para condenações em Curitiba, durante a existência da Lava Jato, onde está instalado o comando da operação, como denunciou o site Intercept Brasil, Folha de S. Paulo e outros veículos de comunicação.

Bolsonaro ao lado de Aras que busca mais influência no comando da procuradoria da República, envolvendo a Lava Jato, que teve como personalidades populares importantes Deltan Dallagnol o ex-ministro da Justiça bolsonarista Sergio Moro, ao fundo – imagem José Cruz/Agência Brasil.

Como se mostra, a Lava Jato, em meio a batalhas sucessivas para manter o comando das figuras conhecidas que ganhou a tele do cinema, os representantes da operação tentam se manter explorando o apoio popular, quando investiu em atividade com apoio diário da mídia brasileira, a qual aliada de grupos políticos, revelaram interesses políticos, de combater a corrupção e insurgir com influência na política brasileira.

No caso em específico, na tela da televisão e jornais, a tentativa de manter os procuradores da Lava jato como contraponto ao governo federal, de modo que possam manter o poder em equilíbrio e controle de parte da justiça brasileira no campo das disputas duras, envolvendo figuras importantes e estratégicas para grupos políticos e econômicos.

Pode-se acreditar que no meio deste imbróglio está o ex-ministro Sergio Moro, que deverá tentar emergir para as eleições de 2022, na tentativa de chegar à presidência da República.

Se esta for a linha de pensamento, o Brasil continua em triste caminho para instituições fragilizada, população levada pelas emoções de uma justiça em linha torta, como consequência de disputas de poder entre particulares, cujos personagens são questionados e desvelando pouca confiança, quando o assunto é justiça e democracia social.